sábado, 30 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

RECODIFICANDO a imagem da Microsoft

Desejo de ser Apple

Inveja? Despeito? Pragmatismo? Para se aproximar do consumidor, a Microsoft muda sua imagem. E, quem diria, usa as armas da Apple

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estudo: Linha e Superfície p.102 a 125

Vilém Flusser – O MUNDO CODIFICADO // Estudo: Linha e Superfície p.102 a 125

Texto de apoio
How to Orientate Oneself in the World: A General Outline of Flusser's Theory of Media - Author: Bram Ieven, 2003 Disponível em: http://www.imageandnarrative.be/mediumtheory/bramieven.htm

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Flusser classifica as mídias em 3 categorias – imagens tradicionais, textos e imagens técnicas.

As mídias determinam nossa visão de mundo quando esquecemos para que elas servem. Mídias não são representações do mundo, são instrumentos que nos ajudam a nos orientar pelo mundo.

O mundo é caótico por natureza. Cada mídia tem seu meio de organizar e obter informação do mundo. Cada mídia tem um código que induz sua forma de configurar as informações.

Para Flusser, CÓDIGO é “um sistema de signos configurados em um padrão regular.” (2000:83)


AS IMAGENS TRADICIONAIS

Imagens são mediações sobre o mundo e os seres humanos. A leitura dos códigos imagéticos não segue uma ordem, não é linear.
Estas imagens são abstrações do objeto original.

As imagens tradicionais são criadas pela IMAGINAÇÃO humana, e permitem a apresentação de eventos tridimensionais em CENAS bidimensionais. Imagens são abstrações da realidade.

As imagens tradicionais são resultantes da aplicação de um código específico e podem ser lidas por qualquer um que tiver qualquer familiaridade com o mesmo.

A gesticulação (ou sinalização)(GESTURE) é o código mais básico para Flusser.

Para ler e usar os códigos das imagens tradicionais é necessário IMAGINAÇÃO.



Problema colocado por Flusser: esquecer que a imagens são instrumentos criados pelo homem para facilitar sua orientação pelo mundo. Imagens não são o mundo. O extremo domínio da imagem é chamado IDOLATRIA. Questão: o que há por detrás das imagens?

Devemos nos manter atentos a respeito do nosso uso da mídia e da razão para a qual ela foi feita.

O código das imagens tradicionais é recorrente. O tempo é mágico.



O UNIVERSO TEXTUAL

Os textos são fragmentos de imagens (pixels) colocados em ordem linear. Sua função é explicar as imagens. Textos são abstrações de imagens. O código textual é linear. O tempo é histórico.

O conceito de CAUSALIDADE foi inventado pelo universo do texto. Quando os textos se tornam incompreensíveis para seus leitores, estamos diante de uma TEXTOLATRIA.

Dialética entre imagens e textos: textos descrevem imagens e imagens ilustram textos. Este processo levou ao surgimento do texto científico.

Pensamento conceitual: “faculdade de abstrair linhas das superfícies, i.e decodificando-as.” (Flusser 200:11)

Conceituação: “uma habilidade específica para criar textos e para decodificá-los.”


O UNIVERSO DAS IMAGENS TÉCNICAS

Quando os textos se tornaram incompreensíveis, uma nova mídia teve de ser inventada para explicar os textos novamente.

A FOTOGRAFIA - imagem técnica, possui um código diferente dos anteriores. É resultado de um processo tecnológico, da aplicação de teorias científicas (textos): ótica e química. A fotografia é uma abstração de uma teoria científica (abstração de terceira ordem) Não é uma abstração da realidade.

As imagens técnicas são tentativas de explicação de textos e são, por sua vez, um aplicação de textos. (relação ciência / tecnologia).

Embora tenham códigos diferentes das imagens tradicionais, as imagens técnicas ainda são imagens: têm efeitos mágicos.

O código matemático

“... para compreender o mundo, não se deve olhar para ele, nem descrevê-lo, mas calculá-lo. (Flusser 2002:203)

Maior expressão nos computadores – máquinas de calcular.

Rejeição das idéias de causalidade, historicidade e linearidade.

A questão dos aparatos

Tanto a câmera quanto o computador são APARATOS – sistemas que trabalham com um programa que os permitem criar figuras ou calcular dados.

Perigo: a liberdade humana está atrelada à faculdade de dominar e subverter o código.

Para Flusser, os seres humanos não são mais o centro da sociedade, mas mero conectores entre diferentes aparatos (1997:88).

Instauração do tempo PÓS-HISTÓRICO e das POSSIBILIDADES (substuindo) as CAUSALIDADES. Mudança de elite intelectual, de letrados a tecnólogos.

Fim

Flusser por Arlindo Machado

Este artigo é interessante como complemento do estudo de hoje 'linha e superfície". Na verdade, ele explora o conceito e a problematização das imagens técnicas. Vale a pena.